BROMELIACEAE

Nidularium kautskyanum Leme

Como citar:

Miguel d'Avila de Moraes; Tainan Messina. 2012. Nidularium kautskyanum (BROMELIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

435,741 Km2

AOO:

32,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente no Estado do Espirito Santo (Leme, 2000; Martinelli et al., 2008; Forzza et al., 2011). Seus registros foram realizados nos municípios capixabas de Alfredo Chaves (tipo), Castelo e Venda Nova do Imigrante (Leme, 2000; CNCFlora, 2011). N. kautskyanum foi coletada entre 900 e 1.000 m de altitude (Leme, 2000). Foi considerada "Rara" (Wanderley et al., 2009).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(iii)+2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Nidularium kautskyanum </i>é endêmica do Brasil e ocorre exclusivamente no Estado do Espírito Santo. Seus registros foram realizados nos municípios capixabas de Alfredo Chaves (tipo), Castelo e Venda Nova do Imigrante. A espécie tem distribuição restrita (EOO=375,22 km²; AOO =32 km²), e está sujeita a três situações de ameaça. A região vem sofrendo com a perda e degradação de hábitat, devido à cultura cafeeira, que tem sido responsável pela supressão das florestas de encosta na região serrana do Espírito Santo. Assim, a espécie foi avaliada como "Em perigo" (EN).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrito originalmente na obra Selbyana 16: 117. (1995) por E. Leme, N. kautskyanum apresenta evidente afinidade morfológica com N. scherementiewii. Diferenciam-se essas duas espécies prontamente pelo porte acentuadamente menor e mais delicado em N. kautskyanum, além de inflorescência com diâmetro muito menor, brácteas florais mais estreitas, sépalas estreitamente elípticas e pétalas mais estreitas e menores (Leme, 2000). O mesmo autor indica ainda uma finidade grande de N. kautskyanum com N. mangaratibense, dividindo com este táxon o status de menor espécie do gênero.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: ​As populações conhecidas de N. kautskyanum apresentam distribuição esparsa em encostas florestadas (Leme, 2000; Biodiversitas 2005).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Florestas Ombrófilas Densas (Martinelli et al., 2009). A espécie nos estratos mais inferiores em matas nebulares de altitude nos chamados "Morros de Sal", que apresentam solo composto por um tipo de areia grossa quartzítica (Leme, 2000).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Planta herbácea, terrestre sobre a serra pilheira ou epífita nos estratos inferiores sobre troncos e galhos (Leme, 2000). Ocorre em Florestas Ombrófilas Densas (Martinelli et al., 2009), nos estratos mais inferiores em matas nebulares de altitude nos chamados "Morros de Sal", que apresentam solo composto por um tipo de areia grossa quartzítica (Leme, 2000).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.3 Non-timber plantation medium
A cultura cafeeira vêm suprimindo as florestas de encosta na região central do Estado do Espirito Santo (MMA, 2008).

Ações de conservação (4):

Ação Situação
4.3 Corridors on going
A espécie ocorre dentro dos limites do Corredor de Biodiversidade Central (CC) da Mata Atlântica (Martinelli et al., 2008).
Ação Situação
5.7 Ex situ conservation actions on going
Foi reportado a existência de três clones em cultivo e menciona ainda o fato de a população de N. kautskyanum não estar legalmente protegida através de unidades de conservação (SNUC).
Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
A espécie consta no Anexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008), sendo considerada portanto, "Deficiente de Dados" (DD). Em avaliação empreendida pela Fundação Biodiversitas, a espécie também foi considerada "Vulnerável" (VU) (Biodiversitas, 2005).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Foi considerada "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Espirito Santo (Simonelli; Fraga,2007).